Ozonoterapia
A Ozonoterapia utiliza o Ozono (O3), um gás existente na natureza (em doses muito baixas e também em nosso corpo), com reconhecida ação oxidante (sim é mesmo oxidante, e não antioxidante), para o tratamento de vários sintomas e doenças. É uma técnica reconhecida pela medicina tradicional sem qualquer efeito secundário negativo quando realizado por um médico devidamente habilitado para o efeito e excluídas as poucas contraindicações ao tratamento.
As indicações da Ozonoterapia dividem-se em 3 categorias:
1ª categoria – doenças que podem ser curadas apenas com recurso à Ozonoterapia. São poucas as doenças que se enquadram nesta categoria!
2ª categoria – auxilia num melhor resultado ou atrasa a progressão da doença quando associada a outros tratamentos.
3ª categoria – auxilia o doente a sentir-se melhor, mas não atua na doença propriamente dita – melhoria da qualidade de vida.
Em feridas traumáticas a injeção local do ozono após limpeza e desbridamento adequados, acelera a cicatrização, diminui a inflamação e tem efeito antimicrobiano.
Propriedades
- Melhora a circulação periférica e a oxigenação dos tecidos
- Estimula as defesas do organismo e é imunomodulador
- Propriedades anti-inflamatórias e analgésicas
- Antissético e germicida
- Potenciador da cicatrização
- Promove a recuperação funcional e o bem-estar.
Formas de administrar
- Via retal
- Hemoterapia
- Aplicação direta no local afetado por injeção ou bolsa (via tópica, intra-articular, vaginal, uretral, subcutânea, intramuscular, oftálmica, entre outras)
Cabe ao médico avaliar, de acordo com a patologia do doente, se a Ozonoterapia pode ser usada isoladamente ou em sinergia com outros tratamentos e esclarecer ao paciente de que forma o poderá ajudar. Segundo estatísticas Cubanas, quando bem indicada e corretamente administrada, a Ozonoterapia ajuda aproximadamente 70% dos pacientes tratados.
Onde a Ozonoterapia pode ajudar
Através de diferentes mecanismos bioquímicos pode ajudar em:
- Cardiologia: doenças com défice circulatório ou microcirculatório/doenças isquémicas
- Cirurgia: acelera a cicatrização, reduz a inflamação e evita ou trata infeções. Em alguns a países água ozonizada é utilizada para a lavagem das cavidades cirúrgicas.
- Dermatologia: alergias, dermatite atópica, eczema, eritema, dermatite, acne, herpes zoster, esclerodermia, queimaduras, psoríase, feridas, papilomatose vírica, onicomicoses.
- Endocrinologia: utilização no diabetes e suas complicações.
- Medicina Estética: são várias as situações em que o paciente pode beneficiar como celulite, rejuvenescimento facial celular, rugas de expressão e gravitacionais, regeneração capilar, adiposidades localizadas.
- Estomatologia: tratamento de cáries e vários tipos de infeções crónicas e recorrentes da cavidade oral.
- Gastroenterologia: doença de Crohn, colite ulcerosa (inclusive para o sangramento ativo), hemorroidas, proctite, tratamento do helicobacter pylori (relacionado a gastrites e cancro de estômago), giardíase, criptosporidiose.
- Ginecologia: vulvovaginites crónicas, herpes genital e infeções vaginais diversas, como a candidíase.
- Hepatologia: excelente tratamento em hepatites agudas, crónicas e cirrose hepática.
- Imunologia: osteomielites, abcessos com ou sem fístula, feridas infetadas, SIDA e HPV.
- Nefrologia: glomerulonefrite, insuficiência renal crónica e nefropatias.
- Neurologia e doenças crónico-degenerativas: depressão, paralisia cerebral, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, demência pré-senil e senil, esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla, epilepsia, acidente vascular cerebral, trauma, convulsões e até como modulador do sono. Pode também ser usado em casos de défices neurológicos e motores em geral, bem como em casos de hiperatividade, patologias raras e défice de atenção.
- Oftalmologia: glaucoma, retinopatias, cataratas, degeneração macular, retinose pigmentar, neurite ótica, conjuntivite crónica e queratite herpética.
- Oncologia: pode contribuir para o incremento da imunidade, aumento do bem-estar antes e durante a quimioterapia e radioterapia e para atenuar os efeitos secundários destas terapias, podendo ser realizado em conjunto com as mesmas sem interferir na terapêutica.
- Ortopedia: hérnias discais, osteonecroses, dores ósseas, musculares e articulares, artroses, tendinites, síndrome do túnel do cárpico e fibrose pós-cirúrgica. É facilitador da recuperação fisioterapêutica do doente sendo bastante utilizada entre os futebolistas e profissionais de outros desportos.
- Pneumologia: asma, fibrose pulmonar, síndroma da angústia respiratória do adulto, enfisema, embolia e doença pulmonar obstrutiva crónica (o tratamento não é feito por inalação do ozono!).
- Reumatologia: artrite reumatoide, osteoartrite, artrite psoriática, espondilite anquilosante, doenças autoimunes, fibromialgia, artroses, síndrome da fadiga crónica e lúpus.
- Urologia: prostatites, hiperplasia benigna da próstata, infeções urinárias recidivantes e disfunção erétil podem ser ajudados pela Ozonoterapia.
- Vascular: úlceras cutâneas, aterosclerose, vasoespasmo, tromboflebites, doença arterial periférica, insuficiência venosa crónica, sequelas de trombose, complicações vasculares da diabetes (neuropatia diabética e claudicação intermitente) e doenças isquémicas.
Todas essas indicações são explicadas através da ação do ozono em processos bioquímicos do organismo, sendo o mecanismo de ação de clara compreensão para quem quiser estudar. Para quem não quer estudar, mas deseja emitir uma opinião, sugiro conversar com terapeutas e pacientes.
Você sabia?
* Cuba possui dezenas de centros de Ozonoterapia por todo o país, onde os tratamentos são realizados por médicos e enfermeiros especialistas, alguns deles reconhecidos e respeitados mundialmente. Esse tratamento também é muito utilizado na Alemanha, Rússia, Espanha e Itália e começa a se expandir em países como o Brasil.
* O ozono médico não deve ser utilizado por via respiratória pois é altamente tóxico se inalado. Mesmo ozonizadores para desinfeção de ambientes (muito utilizados atualmente), não devem estar em funcionamento na presença de pessoas ou animais.
* Os primeiros tratamentos médicos com ozono foram durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1918) por médicos alemães e ingleses em soldados (conforme publicado na revista The Lancet, nos anos 1916 e 1917), onde foi utilizado como tratamento local das feridas de guerra reduzindo infeção e dor e auxiliando na cicatrização, inclusive com comprovada redução do número de amputações. Posteriormente estendeu-se a todo o mundo aumentando também as suas indicações. A partir da Segunda Guerra Mundial proibiu-se o seu uso na EEUU para todas as indicações em que competia com medicamentos convencionais.
*Apesar da Ozonoterapia ter seu papel histórico, ser utilizada há tanto tempo e em tantos países, um médico em Portugal ou no Brasil sequer ouve falar desse tratamento durante toda sua formação.
* Desde 1974 o Centro Nacional de Investigações Científicas de Cuba realiza investigações fundamentais e aplicadas sobre a química do ozono. Desde 1985 estuda seu embasamento científico e sua utilização em Medicina.
*Parte do preconceito e opiniões incorretas sobre esse tratamento, vem da incredulidade e incompreensão (por falta de estudo adequado) de como um mesmo composto pode alcançar resultados terapêuticos positivos em uma ampla variedade de doenças, aparentemente não relacionadas entre si.
Na internet vai encontrar de tudo, ‘anti profissionais’ que atribuem propriedades quase milagrosas ao tratamento e outros que dedicaram imenso tempo a estudar o assunto de maneira superficial para tecer opiniões no mínimo irresponsáveis a respeito. Estamos à disposição para esclarecer qualquer dúvida durante a consulta de Ozonoterapia.
Fonte: www.aboz.org.br